domingo, 16 de janeiro de 2011

B. Blanca a Buenos Aires debaixo de chuva!

Hoje acordamos mais cedo, 6 e meia, e saímos do Apart Hotel Salvador de Bahia (AR$ 350/quarto doble), por volta das 8:15 hs. Tinha muito carro no estacionamento do hotel, nos fecharam, atrapalhando um pouco a saída. o GPS nos levou até a saída, pela ruta03. O tempo fechado, mas sem chuva, 22 graus, muito bom pra andar de moto. Em menos de 2 horas andamos os primeiros 210 km até Três Arroyos, e paramos para abastecer, numa tocada firme a 140 km/h, pela ruta03. Rendeu bem. O Capitinga abasteceu, mas eu não quis... A próxima parada seria em Azul, a 190 km dali. Assim que saímos do posto, e andamos uns 40 km, olhei a "range" (autonomia) da moto, e tinha despencado! Não ia dar pra chegar! Fiquei assustado, e pensei: devia ter abastecido! Andamos mais uns 80 km, e parei em um posto. Enchi o tanque, e ainda tinha 13 litros... Ou seja, este negócio não é assim 100% certo, e acho que a moto considerou a tocada mais forte um pouco para estimar a range. Só pode ser isto. Enfim, paramos ali, tomamos outro café com algumas medialunas, e o tempo agora fechou pra valer, e começou a garoar fino. Eu não quis colocar a capa, pois estou de cordura, e resolvi encarar a chuva, pensando que ficaria assim, fraca. Me dei mal... A roupa de cordura não segurou assim, a chuvinha fina virou uma tempestade sem tempo pra parar, e me molhei todo... Agora ficou bom... Depois de rodar uns 210 km debaixo de um toró, paramos em Las Flores, em um posto YPF, abastecemos, e fomos para outro posto Shell pois era o único que tinha cobertura para deixarmos as motos fora da chuva, e podermos nos recompor, e comer alguma coisa tranquilos. Comemos, tirei a jaqueta, estava "meio molhado", as mãos, parte do tronco, mas o pé ainda seco, e partes do corpo tbm. Resolvi colocar a minha super mega capa nova por cima da roupa de cordura, mesmo ela estando molhada, pois estava passando frio, o termômetro estava marcando 16 graus! Coloquei aquilo tudo, a roupa de cordura molhada, e a capa por cima, imagina o trabalho e o tamanho! Troquei a luva, por aquela que usei no frio, bem melhor e mais resistente. Saímos, e a água caiu sem dó. Acertei em colocar a capa, pois fiquei bem mais confortável, pelo menos não passei frio. Faltavam apenas 190 km até Buenos Aires. A pista é simples, sem acostamento, ou melhor, tem acostamento de grama, e eu não me cansava de lembrar do amigo Julio, de Londrina, que teve que parar naquele acostamento, a moto escorregou, caiu, e ele teve que abortar a viagem para Ushuaia tão sonhada e planejada (http://www.suldomundo.com.br). É uma graminha baixa, sobre uma argila branca, que quando se molha, é um sabão! Então parar no acostamento durante a chuva, nem pensar! A rodovia lotada de carros e caminhões, acho que muita gente voltando da praia, a pista tinha muita água, espirrava longe quando passavam os carros. E nós a 120 km/h, tocando bem, mas eu estava muito tenso, doía o pescoço, como na tocada no rípio. Acredito que moto não aquaplana, mas quando pegávamos aquele riozinho de água que ficava nos trilhos dos carros, dava um frio na espinha, a moto dava uma saida, e então tínhamos que ficar no meio dos trilhos, e nem sempre é bom, tem aqueles cocorutos, muito perigosos. Enfim entramos na grande Buenos Aires, o GPS me tirou da pista dupla, não sei por qual razão, mas fomos andando ao lado dela, por uns 15 km, até passar a cidade de Ezeiza, e entrarmos na Autopista Richeri de vez. Passamos por uns 6 ou 7 pedágios hoje, a maioria não cobra de motos, só os da autopista, nos cobrou $ 0,40 no primeiro e $ 2,00 no segundo. Chegamos então no hotel, que já havia reservado desde setembro do ano passado, o Ibis Obelisco, que fica na Av. Corrientes, bem no centro da cidade. Ao lado, é o Novotel, que foi ponto para algumas equipes do Dakar: Toyota, VolksWagen e Honda. O pessoal das equipes ainda estava lá, e tinha até uma moto em exposição, que havia participado do rally. Tirei toda a bagagem da moto, tudo mesmo, pois amanhã levo ela cedo na KM40, para a revisão de 20 mil km. Banho, e saímos pra jantar no Chiquilin, uma parrilla aqui perto, muito boa. Agora é descansar e amanhã fazer o dia acontecer. Na terça atravessaremos para o Uruguay.  Hoje totalizamos 10 mil km rodados na viagem toda, em 3 semanas. Abraços!
Da porta do hotel, se avista o Obelisco

O Novotel foi a casa de algumas equipes do Dakar

Uma Honda CR450 que participou do rallye. Olha o estado!

4 comentários:

  1. Amigos, continuem a aproveitar muito a viagem e, neste momento, curtir Buenos Aires, muito bacana. Chuva na estrada com frio não é a melhor das aventuras, he, he, mas no final o que conta é o resultado. Continuamos a viajar com vcs. Sucesso e grande abraço, Ale.

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  2. Moto não Aquaplana??? Então não contaram isso pra minha V-Strom em 2008 quando entrei na Argentina por Foz e peguei uma beeela duma chuva...fui ultrapassar um carro e a moto virou uma barca...só dava o capitão Adriano tentar colocar ela no rumo novamente...e a criançada no carro dando tchau...quase que eu fui embora mesmo...é desesperador...a moto andou fácil por uns 100 a 200 metros sem rumo...sorte que lá é só reta!!!...fiz o q mandam fazer com os carros, fui tirando a aceleração e não brequei...que alivio quando ela tocou o chão novamente...detalhe...carregadaça (pesada) e com pneus NOVOS..resultado, pernas baaaambas pra dedéu e o aprendizado que moto aquaplana SIM!!! Eheheheheh

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  3. Adriano, até hoje nunca havia ouvido falar isto, vc é o primeiro. De acordo com o Capitão Capitinga, meu parceiro de viagem, até 130 km/h não aquaplana... Agora é bom vc falar tbm, que tomo mais cuidado! A minha moto tbm está muito pesada, pneus com 7 mil km rodados, Anakee, que sei que são bons na chuva. Devemos pegar muita chuva ainda, até chegar em casa.
    Alessandra, obrigado pelos ótimos comentários! Abçs a todos!

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  4. Foi isso...tava trankilo atrás do carro...na hora que dei motor e emparelhei com o carro no meio da ultrapassagem, eu estava já bem mais rápido...talvez acima desses 130...aquaplana sim e daki pra frente sempre vou maneirar em chuvas!!! Se não me engano já estava de Anakee pois depois q termiraram os Bridgestone originais (viagem em 2007) só coloquei Anakee até vendê-la!!!

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Quem sou eu

Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil
51 anos, casado, zootecnista, empresário, carnívoro convicto e motociclista.