domingo, 28 de abril de 2019

Redescobrindo o interior do MS!

De volta ao blog!
Ontem, dia 27/04/2019, fizemos um tour off-road pelos arredores de Campo Grande, com o objetivo de explorar, além da descontração e prazer de pilotagem na terra, com as nossas "crianças" de 260 kg... As GS vão muito bem na terra sim, obrigado!
Já fazia tempo que estou programando um passeio assim. Tem também a turma do Sul que virá aqui em breve, e quero - e preciso - mapear algumas rotas off road para Big Trail, que não seja tão radical mas que tenha algum desafio.
Assim, quando o amigo Max me mandou uma mensagem na quarta-feira, convidando, aceitei na hora, e já marcamos para este sábado, de manhã. Convidei alguns amigos, mas... cri, cri, cri, o grilo cantou... kkk! Como sempre quase ninguém topa, uns porque não sabem andar na terra ou tem medo mesmo, outros pra não sujar a moto, ou seja nutelagem mesmo... kkk! Brinco muito com esta situação, pois acho que menos de 1% dos donos de GS ou Big Trail se atrevem a andar com as motos na terra, nem que seja em pequenas incursões, esta é a realidade. Aviso a todos, que não precisa ter curso, a moto vai quase que sozinha, desde que andando de boa, claro, e com pneus e uma calibragem corretos. Não sabem o que estão perdendo! Estas motos andam na terra sim, foram feitas pra isso, é claro que sofre um pouco mais, pois são pesadas, principalmente em areia pesada e barro, mas aí é só escolher aonde vamos andar, e se aparecer algum destes desafios, encaramos, mas será uma exceção. É bom demais!
Combinamos de encontrar no sábado de manhã, as 8:30 hs, no Posto Figueira, do meu amigo João Francisco "Kikico". No final ficamos eu, o Max Codorninha e o Capitão Amora, nosso deputado Renan Contar. O meu primo Flávio desistiu de última hora pois teria que ficar com os filhos.
Encontramos, e saímos as 9:00 hs da manhã de Campo Grande, sentido norte/Cuiabá. O objetivo seria entrar à esquerda antes de Jaraguari, na placa para Rochedinho, perto da sede da Sementes Minuano, e passar na Furna do Dionísio, aonde temos muitos amigos fazendo trilha no sábado, como de costume.
E assim fizemos. Entramos na estradinha de cascalho batido, em um milharal, e já de cara tinha um pouco de areia, mas batida e molhada, já que tinha chovido na quinta. Areia molhada é uma beleza pra andar, pois fica mais firme. Tinha murchado um pouco os pneus (Heidenau K60, coloquei 25/35), e fica uma beleza! A moto fica na mão, melhora demais. Seguimos por uns 25 km até a Furna, e paramos um pouco lá, em um restaurante bem simples. Tinha uns trilheiros, conversamos um pouco, tomamos uma água e seguimos, agora sentido Rochedo.
Logo após a Furna, pegamos a direita, e seguimos sempre à esquerda na estrada principal, feita de cascalho batido, excelente. Estava esperando uns trechos de areia, mas não teve nada, só um pedaço muito pequeno, pois estavam patrolando, inclusive passamos pelas máquinas uns 10 km antes de chegar no asfalto de Rochedo. Paramos uma vez para tomar água, e sempre esperando os companheiros nas bifurcações. O Max com a GS800 Adv e eu e o Renan com as nossas GSA1200. Todos com pneus Heidenau K60. Após uns 110 km rodados desde Campo Grande, sendo uns 80 de off-road, chegamos no asfalto, faltando 12 km pra chegar em Rochedo. Tocamos até Rochedo, no tradicional posto de gasolina BR que sempre paramos, pra tomar uma água, e ali o amigo Renan retornou para Campo Grande, pois tinha compromisso no almoço. Já eram 11 hs da manhã. O amigo Dione e a sua esposa, foi lá nos encontrar. Decidimos tocar até o vilarejo do Taboco, pra almoçar lá, e depois seguir sentido Ponte do Grego, e sair em Terenos. Esta seria a nossa rota do dia! De Rochedo ao Taboco o GPS marcava 51 km, sendo 5 de asfalto e o restante de terra.
Seguimos para o Taboco, que eu nunca tinha ido, por uma estrada cascalhada, muito boa, as motos performando muito bem, na mão, andando a 80/90 km/h ou até mais algumas vezes. Logo chegamos, tiramos a tradicional foto na entrada da cidade, e fomos procurar um local para o almoço, pensando em algum lugar bem simples, um bar ou algo assim, pra comer um arroz com ovo frito. Mas, era dia de festa na cidade, um tipo de leilão, para arrecadar dinheiro para a igreja, e só tinha lá para almoçar, a R$15 por pessoa... Acabei encontrando alguns conhecidos, e fomos almoçar juntos, um belo de um churrasco raiz, no espeto de pau, típico daqui do MS, as mantas de carne muito arrumadas, carne excelente! Ficamos por lá até cerca de 13:30 hs, quando um dos conhecidos se ofereceu para nos guiar até umas cachoeiras da região, a tal da Ponte de Pedra, ou cachoeira do Constantino. Fomos ver o balneário do Taboco, e seguimos para a tal cachoeira, com o nosso guia à frente, em uma Lander 125, e outro carro junto, um casal, que também queria conhecer a tal cachoeira. Ali começou uma pequena aventura, com direito a travessia de córregos, areia mais pesada, pequenos sustos, até a entrada à esquerda em uma fazenda, e começamos a andar literalmente no mato, por estradinhas batidas, no meio das invernadas de gado, abre e fecha de colchetes/portões, até chegar no nosso destino final. Rodamos uns 18 a 20 km do povoado do Taboco até lá, mas parecia que era mais! Paramos as motos, e já dava pra ouvir o barulho do rio e as cachoeiras. Havia algumas motos paradas, e um pessoal acampado. Fomos andando até o rio, realmente muito bonito o lugar! Todo o volume de água do rio passa por baixo de uma pedra gigante, parecendo uma ponte de pedra, e tem alguns locais para nadar mais rasos. Eu estava usando uma bota de trilha que comprei a pouco, horrível para andar, estava apertando o meu pé, e quase não aguentava mais a pressão... Aquilo me desanimou demais, e com o horário já adiantado, já passava das 14:30 hs, resolvemos tocar para a Ponte do Grego logo, deixando os amigos por lá, pois não queríamos rodar à noite. Deixamos o banho para outro dia. Vale a pena programar uma hora para irmos lá e dormir acampado, assar uma carne, e curtir um pouco mais o lugar.
Saímos só eu e o Max novamente, abrindo e fechando um monte de colchete e portão, até a estrada principal, aonde pegamos à esquerda, agora sentido Ponte do Grego/Terenos. O meu GPS deu pau, e apagou de vez. Estava só por conta das instruções que o pessoal nos deu, de seguir sempre em frente, e na próxima bifurcação pegar à esquerda. Valeu demais este caminho! Passamos por lugares muito bonitos! Fazendas e mais fazendas, muito gado nelore bom, ladeados por paredões de pedra, rios, riachos, etc... Até um grande lobo Guará nos deu o prazer de avistá-lo na beira da estrada! Parou um pouco, me olhou, e seguiu o seu caminho! Passamos por alguns trechos de areia mais pesada com um pouco de emoção, mas nada demais! Rodamos uns 80 ou 90 km mais ou menos e chegamos na Ponte do Grego, aonde fizemos a última parada para tomar mais uma água e acabar de chegar em casa. Acho que tomei uns 3 litros de água ontem!
Saímos já quase 17 hs dali, por uma estrada cascalhada excelente, andando mais forte (100/110 km/h), por cerca de quase 50 km até chegar em Terenos, já quase escuro. Parecia que tinha garoado mais cedo, nem poeira tinha na estrada, estava boa demais de andar! Dali seguimos até Campo Grande, direto para o posto da Vania, para recalibrar os pneus, e tomar a última água (e "uma" que ninguém é de ferro...), pra acabar de chegar em casa. O meu GPS voltou a funcionar novamente, depois de retirá-lo da moto e reiniciar.
Esta foi a "aventura" do dia, rodamos cerca de 320 km no total, sendo cerca de 220 km de off-road e o restante asfalto. As motos estão bem sujas, as roupas também, e me cansei como há muito tempo não cansava, mas é bom demais!
A idéia é fazer todo mês uma dessa, pelo menos, agora no outono/inverno, que chove menos e o clima fica mais ameno.
Vamos aguardar os amigos do Sul, parte da turma que fez o Desafio Experience do Vantuir/Jackson, que ficaram de vir aqui agora em Maio/Junho! Esta será outra postagem, um tour off-road de 3 dias, saindo de Campo Grande, sentido Pantanal, e finalizando em Bonito!
Amanhã lavar a moto, e "com a alma lavada e enxaguada" começar uma ótima semana! E vamos que vamos!
Abraços a todos! Seguem algumas fotos para degustar:

As máquinas e a serra ao fundo!

Passamos por várias pontes de madeira!

A "ponte de pedra" da cachoeira do Constantino

A dupla: eu e o Max! Valeu parceiro!

Os pneus Heidenau K60 são excelentes para este tipo de tour off-road!

O prazer de ter o controle dessas motos não tem preço!

Amigo Dione e esposa conosco em Rochedo/MS

Povoado do Taboco


Estradão de terra, habitat natural das GS!

Quem sou eu

Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil
51 anos, casado, zootecnista, empresário, carnívoro convicto e motociclista.