quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Estrada parque Pantanal Sul - Passo do Lontra

Neste final de semana de 06 e 07/dezembro fizemos o esperado passeio pela estrada parque do Pantanal Sul, também conhecida por Curva do Leque ou Abobral, que passa pelo Passo do Lontra e sai perto de Corumbá/MS.
Saímos de Campo Grande eu, Marcel e Osmar, às 14 hs da sexta-feira, sob um calor escaldante de 39 graus! À medida que descíamos para o Pantanal, a altitude cai dos 550 metros de Campo Grande para 90 metros, e o calor parece que aumenta mais ainda!
Paramos para abastecer em Miranda, tomando muita água para hidratar.
Em Miranda, 39 graus, abastecimento e hidratação!
Depois de Miranda 100 km, chegamos na entrada da estrada parque, no local conhecido como Buraco das Piranhas. Paramos um pouco pra tirar algumas fotos, e seguimos, dali pra frente estrada de terra batida, de ótimas condições. Murchamos os pneus pra andar na terra, colocamos 22 libras, pois melhora bastante!
Na entrada da estrada parque
Havia chovido um pouco, e havia um leve barro, mas já secando. Se estiver chovendo na hora, ali é liso. Depois de uns 10 km e várias pontes sobre os corixos e lagoas, com muitos jacarés e tuiuiús, chegamos na ponte do rio Miranda, no Passo do Lontra. Mais algumas fotos, e seguimos em frente. A idéia inicial seria dormir ali, em algum dos hotéis que tem, na beira do rio. Mas tínhamos a idéia fixa em dormir em algum local que tivesse piscina, devido ao calor muito forte. Por isso, consegui achar uma pousada que nos proporcionasse este luxo, chamada Pousada Xaraés, muito boa por sinal! A entrada da pousada fica a 10 km após o Paso do Lontra, à direita, logo após a placa da fazenda São Bento. Já tinha colocado as coordenadas no GPS, e fomos tocando. A estrada boa, mas alguns trechos molhada, e um pouco perigosa. Se saísse do trilho dos carros, era tombo na certa!

Me pergunto: pra quê esta ponte tão grande?!


Logo chegamos na entrada da pousada, às 18:00 hs. Tínhamos mais 12 km até a pousada, de uma estrada vicinal, bem estreita, e o pior: areia! A moça da pousada tinha me falado que tinha uma "areinha", mas na verdade era areião mesmo, o tempo todo! Em alguns trechos mais firme, mas em outros bem pesada. Aonde dava, íamos pelo pasto mesmo, bem baixinho, e bem melhor pra andar. Mas tinha hora que não dava, e o jeito era enfrentar a areia. Eu na frente, com a moto "leve" e os pneus Mitas E-07, não sei se foi isto, mas cortando bem a areia, toquei bem, não tive nenhum problema, a não ser os sustos de vez em quando. O Marcel e o Moura caíram algumas vezes, mas bem devagar e sem perigo algum, e seguiram em frente.
Aqui areia leve...

Areião pesado, com a GSA não é fácil!
Gastamos 45 minutos pra andar 12 km! Chegamos exaustos, totalmente molhados de suor, devido ao esforço de segurar a moto, e ainda com as roupas quentes, jaquetas, botas, etc...
Fizemos o check-in e fomos direto para a piscina nos refrescar. Havia somente a gente e um casal de alemães por lá. À noite jantamos uma comida pantaneira, muito boa por sinal. Dormimos o sono dos justos, com todo o conforto, ar condicionado, etc... A pousada é de primeira!
No outro dia cedo, acordamos, café e saímos às 7:30 hs da pousada, pra enfrentar novamente a terrível estradinha de areia! Mas não sei se já estávamos acostumados, mas o fato é que nos pareceu bem mais perto, e mais rápido também. Passamos por uma comitiva de bois, foi legal.
Saímos de volta na estrada principal, e seguimos à direita, para concluir o nosso passeio. Pontes e mais pontes, e a estrada muito boa e bonita, tinha uma patrola arrumando a estrada, em alguns pontos uma areinha bem de leve, mas pra quem já tinha enfrentado a areia pesada, aquilo ali não era nada! rsrsrs...
Pousada Xaraés, estrutura muito boa!
Saindo da pousada, de manhã
Passamos por mais de 40 pontes de madeira!
Paramos um pouco no famoso ponto do Qué-Qué, pra tomar uma água. O Qué-Qué é um bar e mercado, que fica bem na curva do leque, perto do leilão. Ali quem acha caro alguma coisa e reclama, vai ouvir: quer quer, se não tem quem quer! kkk!
Bar e mercado do Qué-Qué
Dali até o rio Paraguai são 18 km, aonde pegamos uma balsa (R$15/moto e R$35/carro).
Travessia do rio Paraguai de balsa




Depois que atravessa o rio, o terreno muda completamente, da areia do pantanal, passa para chão vermelho do maciço do Urucum, rico em ferro e com várias minas de exploração na região, inclusive a OGX, do nosso amigo Eike Batista... Fomos por aquele cascalho, uns 20 km, até uma bifurcação, aonde pegamos à esquerda, sentido Albuquerque, que atalhava e saía mais perto no asfalto, para depois pegarmos sentido Miranda novamente.
A estrada muito boa, cascalhada
Nunca tinha passado ali antes, muito bonito, algumas fazendas de gado, e logo chegamos na estrada das minas de extração de ferro, bem compactadas, largas, e... Molhadas... Isto mesmo, eles molham pra diminuir a poeira, e também fica bem lisa e perigosa pra andar de moto. Fomos indo devagar e sempre, com muito cuidado, até sair no asfalto.
Paramos no posto perto do pedágio pra abastecer e encher os pneus. Havíamos rodado cerca de 260 km desde Miranda. Já era 11:00 hs da manhã comemos um salgado pra disfarçar e tocamos com objetivo de almoçar em Miranda. Chegamos lá já era quase 13 hs, novamente o calor absurdo na beira do rio, quase 40 graus!
Almoçamos, o Osmar parou pra abastecer, e tocamos de volta pra casa.
Chegamos em Campo Grande a temperatura estava por volta dos 26 graus, muito agradável, pois além de ser mais alto, tinha chovido a pouco tempo. Fomos cada um para a sua casa. Cheguei em casa fui direto pra piscina me refrescar!
Muito bom este passeio, quero fazer mais deste tipo, com off-road de leve, que possa ser feito com a GS sem grandes sustos, e ir treinando pra rodar mais na terra.
Uma coisa é certa: o medo da areia acabou! kkk!
Abraços!


Quem sou eu

Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil
51 anos, casado, zootecnista, empresário, carnívoro convicto e motociclista.