quarta-feira, 22 de abril de 2015

Últimos dias: Salta a Campo Grande

À noite fomos todos jantar no Dna Salta, perto da praça central de Salta. Ali é um lugar que temos que ir, quando estivermos em Salta! É o centro da cidade, com cafés, bares, restaurantes, lojas, artesanato, camisetas, presentes, enfim, está tudo ali. Além disto tem a catedral, muito bonita, e a praça. Compramos algumas coisas, e fomos jantar. O ambiente no Dna Salta é muito aconchegante, rústico e de bom gosto. Sentamos cada 4 em uma mesa, e fomos conversar, pois seria a nossa última noite ali, e o início do retorno da viagem. Durante o jantar, conversando com o Renato Lopes, eu, Capitinga e Padilha resolvemos ficar mais um dia em Salta, para descansar e visitar a região. Talvez irmos em Cafayate. Sem problemas, pois o grupo é grande, todos já experientes, tem GPS, e já conhecem o caminho de volta. Foi uma decisão acertada, pois estávamos muito cansados, e na programação anterior seria o dia de descanso em San Pedro do Atacama.
Depois, já de volta no hotel, ficamos conversando até mais tarde, tomando um vinho. Foi bom.
O Jardim já havia saído na quarta, para retorno solo. Gilson, Janio e Giovany seguiriam na quinta cedo rumo a Roque Saenz Pena, e nós iríamos na sexta cedo, direto a Assunção, no Paraguai. Todos chegaríamos no sábado em casa, alguns mais cedo, e outros mais tarde.
O Renan, que estava em San Pedro do Atacama nos esperando, e veio para Salta, teve problemas elétricos com a moto dele, e estava aguardando o guincho em Purmamarca.
Na quinta cedo, ainda no quarto, ouvimos o barulho das motos saindo, por volta das 8 hs da manhã.
Acordamos, e ainda conversei e me despedi do Renato e do Vitor Hugo, que estavam saindo, também rumo a Roque e Resistencia. Após o café, nos despedimos do Amin e do Amado, que voltaram para Catamarca.
Eu queria ir em Cafayate, mas acabamos indo no centro da cidade, de moto. Primeiro fomos na BMW saber do Renan e se já havia chegado, mas ele nem a moto haviam chegado. Ainda estava aguardando o guincho em Purmamarca. Ele acabou chegando no final da tarde. Era somente a bateria da moto que deu um curto, e no outro dia já saiu.
Fomos então no centro, visitar o museu de alta montanha de Salta. Muito legal, as 3 crianças Incas que acharam congeladas, e toda a história por traz da cultura da região. Ficamos por lá até a hora do almoço. Depois voltamos ao hotel, almoçamos, e resolvemos então iniciar o retorno, e andar uns 250 km, já adiantando um pouco o longo trajeto cheio de retas e calor do chaco argentino, até Assunção. Fizemos o check-out e saímos por volta das 15 hs do hotel, com plano de dormir em Embarcacion.
Pelo celular vi que o trio (Gilson-Janio-Giovany), haviam errado o caminho, e estavam em Tucuman, dando volta de uns 300 km a mais... Não sei aonde erraram, mas depois pensando, o mais correto seria terem saído junto com o Renato Lopes, pois foram para o mesmo rumo...
Chegamos em Embarcacion 17:30 hs em uma tocada só (250 km), e resolvemos dormir ali mesmo, já que não tinha cidade melhor mais próxima do que 250 km, e não queríamos rodar à noite. Pegamos um ótimo hotel, muito bom. Tomamos um banho, atualizei o blog, e depois fomos caminhar na praça central da cidadezinha. Jantamos no hotel mesmo, último bife de chorizo da viagem... Muito bom!
No outro dia, acordamos cedo, ainda escuro, estava garoando. Arrumamos tudo, tomamos o desayuno, e saímos com o dia amanhecendo. A estrada, quase só retas, cheia de bicho solto, quase atropelei um cachorro logo de cara, e o Padilha, que estava atrás, atropelou um leitão, mas graças a Deus não caiu nem houve nenhum prejuízo na moto. Só o susto mesmo! Seguimos a 120-130 km/h que foi a velocidade padrão da viagem, e que aliás já defini como a minha velocidade de cruzeiro faz tempo, pela segurança, além da economia da moto, que faz 16 km/litro nesta tocada.
Fizemos 3 paradas até Assunção (Ing. Guillermo N, Juarez, Ibarreta e Clorinda). Em Clorinda, abastecemos e seguimos para a aduana. Estava vazia, e fizemos tudo em menos de 15 minutos. Seguimos para Assunção, eram 14 hs mais ou menos, e fomos direto para a concessionária BMW Garden, que inclusive mudou de endereço, agora fica na Av. Mariscal Lopes. Chegamos lá, um calor danado, transito muito travado, as motos esquentando, e ainda a minha moto vazando gasolina... Perguntei para o chefe da oficina se tinha a peça da minha moto, e ele disse que sim, apenas uma. Nem pensei muito, comprei a peça e autorizei a troca imediata, pois estava vazando muito e com perigo. Ficamos lá esperando, não gastou nem uma hora. O Capitinga e o Padilha ficaram olhando acessórios, e compraram algumas coisas. Depois fomos na Touratech de Assunção, loja pequena mas tem bastante coisa de viagem para big trail, bem interessante. Não tinha nada pra minha moto. Depois fomos procurar um hotel. Ficamos em um perto da saida, Los Alpes. Barato e bom!
Tomamos um banho, e fomos de taxi jantar. Fomos em um bar temático de rock, muito bom!
Ficamos lá até as 10 hs, e voltamos, pois no outro dia queríamos chegar em casa.
Saímos de Assunção às 8 hs. Caminho já velho conhecido, paramos para abastecer duas vezes, uma no posto ao lado da churrascaria Boi na Brasa, de um brasileiro (gaúcho), e depois em Yby-Yau, coloquei o resto de guarani que tinha. A minha moto não estava marcando no painel a autonomia nem quantos litros tinha no tanque. Quando chegamos em Ponta Porã, era meio dia, fomos na aduana, e depois enchi o tanque, já no Brasil, aí deu certo. Devia ser ar no tanque ou algo assim.
Almoçamos na Casa China, e seguimos para Campo Grande, por Dourados.
Paramos em Rio Brilhante, e depois em Anhandui, na Agua Rica, pra tomar água, pois o calor estava muito forte.
Cheguei em casa era 17 hs. Graças a Deus foi tudo certo! Mais uma aventura concluida!
Esta viagem foi marcada por eventos fora do normal, tirando quase tudo fora da programação que tinha feito, mas graças a Deus nada de pior aconteceu, e todos estão bem. Foi uma viagem difícil, desde os eventos da natureza, que impediram o nosso acesso aos Pasos, problemas na moto, cansaço, e depois a subida a Abra del Acay, realmente muito difícil. Mas conseguimos concluir, de Cachi até Susques! Valeu a pena!
Em cada viagem você aprende uma coisa. Viagem com muita gente é mais complicado, pois a chance de dar problema é maior. Isto já aprendi.
Outra coisa: quando acontece alguma coisa fora do normal, algum problema ou situação de risco, nesta hora temos que tomar decisões nem sempre fáceis, sob pressão, stress, e temos que estar preparadas para elas. As reações das pessoas às situações adversas, cada um tem uma reação, e as vezes o que pra mim é normal, para outro é uma tragédia, e por aí vai... O importante é aprendermos com os erros, continuarmos na estrada, com as nossas amizades, que fizemos ao longo desta longa estrada... As amizades são especiais, e isto fica. Às vezes uma experiência cheia de stress e sofrimento para um foi diferente para outro. Vivenciar estas experiências, é único! É o que teremos pra contar daqui uns anos, é o que nos move, é a vida!
Um grande abraço e até a próxima!
Entre Jachal e Belen, na Ruta40


Entrada de Cafayate por Amaicha

Vinícolas e Bodegas por toda parte!
Catedral de Cafayate

Trecho entre Cafayate e Cachi

Ripio bom e companherada concentrada!

Chegada no Martin

Praça de Cachi

Em frente bar do Martin

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Quem sou eu

Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil
51 anos, casado, zootecnista, empresário, carnívoro convicto e motociclista.