quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

MSDBR 2 - Campo Grande a Bonito pelo 21

No sábado, dia 24/janeiro/2015 fizemos um bate e volta para Bonito, percorrendo no total 630 km em um dia, sendo cerca de 110 km de estrada de terra (cascalho).
Este caminho já estava nos meus planos pra fazer de moto já faz tempo, pois passo muito ali de carro visitando clientes.
Esta estrada era o principal acesso a Bonito antes de asfaltarem por Nioaque, até meados da década de 90. A rota vai de Campo Grande até Aquidauana, depois entrando à esquerda sentido Nioaque, anda uns 20 km e entra à direita, rumo ao famoso pesqueiro 21, no rio Miranda. Desta entrada até Bonito é 100% estrada de cascalho totalizando cerca de 100 km de off-road.
Fiz o chamado na quinta e sexta-feira, e apenas uma pessoa confirmou. Na sexta final da tarde houve uma empolgação e no final fomos em 6 pelo trecho com off (Eu, Padilha, Giovany, Maluf, Kikico e Flávio) e mais 2 pelo asfalto (Renan e Marcel).
Marquei de sair do Indubrasil às 7:30 hs, mas o Maluf ainda tinha que pegar a moto dele no Fura300 que só abre as 7:30 então marcamos a saída para as 8:00 hs. Eu, Padilha, Giovany e Flávio chegamos antes, tomamos um café e ficamos lá esperando. Às 8 em ponto chegaram os dois atrasadinhos Maluf e Kikico.
Esperando o pessoal na Grande Parada em Indubrasil


Paramos em Aquidauana (140 km de Campo Grande) para abastecer, e já aproveitamos e murchamos os pneus das motos, pois são só 20 km até a entrada para o 21. Gosto de colocar 24/28 libras pra andar na terra.


Saímos de Aquidauana às 9:30 hs.
Após 21 km de asfalto sentido Nioaque, tem a entrada para o pesqueiro, à direita, com um posto de combustível, que inclusive está ativo. Paramos um pouco para desligar o ABS das motos e ajustar a suspensão para a estrada de terra.
A estrada é de cascalho, e foi arrumada recentemente. Ano passado tinha alguns trechos com areia, mas agora não tem mais.
Os mais experientes e afoitos saíram na frente e começaram uma tocada mais forte, a 120 km/h. Eu fui na minha tocada de sempre, 80-90 km/h e às vezes um pouco mais nas retas longas. A estrada está boa, mas tem algumas pedras soltas e valetas, tem que tomar algum cuidado. Nas curvas nem se fala... Logo na frente, antes de chegar no 21 (28 km), estavam parados o Giovany, o Flávio e o Padilha, que por muito pouco não passou direto na última curva... Estavam conversando sobre isto, quando eu passei o grupo e segui na frente. Logo antes de chegar no 21, encostou ao meu lado e me passou o Flavio. Mas estava sem o top case... Eu pensei, será que ele trocou de moto com o Giovany?! Pois tinha certeza que ele estava com o top case! Buzinei, mas não adiantou. Na ponte do rio Miranda, já no 21, ele parou, como tínhamos combinado, pra tirar umas fotos. Eu perguntei do top case, e ele não tinha visto que tinha caído! kkkk! Voltou apressado, e os amigos já estavam esperando lá atrás. Ficamos ali esperando, eu e o Kikico, o restante da turma. O rio Miranda com pouca água, e com peixe subindo a Piracema. Muita piraputanga e corimba.


Logo chegou o pessoal e o Flávio foi amarrar o top case que quase perdeu. A trava - original da BM - havia quebrado.
Depois de amarrado, seguimos em frente. Após uns 14 km, à esquerda, tem um bolicho com um posto desativado em frente, ali entraríamos à esquerda, em um caminho alternativo e por dentro de fazendas, que eu já conheço bem, muito mais interessante do que ir direto pela outra estrada. Paramos um pouco para esperar o restante do grupo, pois em estrada de terra não andamos muito perto um do outro, por causa da poeira. Aproveitamos para tomar uma coca...


Seguimos por aquela estradinha, bem mais estreita do que a outra, cascalho bom, muito parecido com o famoso rípio da Argentina e Chile. Mas cheia de curvas fechadas. Do bolicho até Bonito são 60 km, por qualquer dos dois caminhos. Não dava mais pra correr, a tocada era de 60-80 km/h e até menos. Passamos por várias sedes de fazendas, e rios e córregos com pontes de madeira. Não pegamos movimento nenhum, nem passamos por nenhum carro ou caminhão. Muito bom! Fomos tocando, parando para tirar fotos, e não vi passar a hora! Logo chegamos a Bonito.
Fomos direto em um posto perto da florestal, para abastecer as motos e encher os pneus novamente. Tocada boa, sem nenhum problema ou perrengue.
Já era quase meio dia, e o calor apertava! No posto, chegaram os amigos Marcel e Renan, que tinham ido pelo asfalto, por Nioaque, e saído de Campo Grande mais tarde, lá pelas 9:00 hs.
Fomos todos comprar o voucher para irmos ao balneário municipal, ali do lado. O custo por pessoa é de R$ 30,00. Um absurdo! Há pouco tempo atrás era R$ 10,00/pessoa, e comprávamos a entrada lá mesmo na entrada do balneário. Devido a problemas de corrupção (Afinal estamos no Brasil, o país da corrupção!), mudaram e agora só entra se comprar o voucher em uma empresa de turismo de Bonito. Sem problemas...
Chegamos no balneário, deixamos as motos na sombra, e fomos para uma barraca, que pela promessa de almoço deixou que deixássemos as roupas e os capacetes guardados em uma lojinha deles.
Fomos todos para a água, aquela água gelada de Bonito, mas extremamente refrescante, para aquele calorão que estava fazendo! Aquilo ali repõe toda a sua energia e recarrega a bateria! Ficamos na água por um tempo, e depois fomos pra barraca almoçar, pois já era passado das 13:30 hs.
Almoçamos todos, ficamos mais um tempo descansando e depois voltamos para a água.
Quando chegou perto das 15:30 hs, começarmos a organizar pra voltar pra casa, afinal estávamos em um bate e volta e ninguém se programou pra dormir em Bonito. Ainda tínhamos 330 km pra fazer até chegar em casa!
Seguimos direto, calorão de 37 graus, e paramos para abastecer em Nioaque (posto Tuiuiú), e tomar uma água+café+red bull pois o sono bateu com força!
De Nioaque seguimos até Sidrolândia, parando novamente.
Chegamos em Campo Grande já quase escurecendo, cada um foi direto pra sua casa. Só no outro dia é que fui dar falta da minha câmera (Nikon à prova d'água), que devo ter deixado na barraca e já era... Por isso não tenho mais fotos do balneário, só tenho as que tirei com o celular...
Este tipo de passeio, com trechos de off-road, pra mim é extremamente relaxante e gostoso. Não gosto mais de fazer só asfalto, me parece muito chato e monótono. A não ser que tenha curvas. O trecho de off proporciona adrenalina, maior atenção e técnica na pilotagem, além de nos levar para locais muito mais bonitos e diferentes. Acho que todos que tem moto big trail deveriam andar na terra, aprender e praticar.
Tenho mais alguns roteiros pra fazer aqui no MS e também fora, e tenho certeza que serão muito bons!
Assim que fizer, posto aqui, pra ficar de recordação e orientação pra quem quiser fazer um dia.
Lembrando que todos nós estamos de motos big trail, pesadas (BMW GS800, GS1200, GS1200 Adventure, etc...). Só não dá pra rodar em areião e barro. O resto, vai embora!
Continuem conosco!
Um abraço e um ótimo 2015 para todos!





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Quem sou eu

Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil
51 anos, casado, zootecnista, empresário, carnívoro convicto e motociclista.