Dia 1: Campo Grande a Corumbá – 440 km
Sai de casa as 12:30 e como combinado com o Guy às 12:45 já
estava no posto em frente à base aérea. O Osmar e o João Cassiano estavam lá
esperando. Logo o Guy também chegou, compramos umas águas, tomei um Redbull
(estou ficando viciado nisso, pra tirar o sono da tarde...), e saímos, depois
de tirarmos algumas fotos com os amigos. O Osmar resolveu nos acompanhar até
Miranda. Pegamos algumas garoas leves, mas não colocamos capa. A chuva grande
já tinha passado, e nos ajudou muito, pois pegamos temperatura agradável até
perto de Miranda, na faixa de 25 a 28 graus. Chegamos em Miranda as 15:00 mais
ou menos, direto no posto em frente ao Zero Hora, que foi o local combinado.
Assim que abasteci já vi o celular e tinha uma mensagem do Nelson, de Jardim,
dizendo que tinham acabado de sair de Bonito, ou seja, iram chegar mais ou
menos depois de 1 hora ou mais. Resolvemos então seguir até Corumbá, eu e o
Guy, e o Osmar voltou para Campo Grande. Grande companheiro Osmar! Obrigado meu
amigo! Seguimos até Corumbá, sem parar, e chegamos lá por volta das 17:30 hs.
Abastecemos, e fomos para o hotel Nacional. Tomamos um banho, colocamos um
short e camiseta, chinelo e descemos. Os amigos e companheiros de viagem,
tinham acabado de chegar! Foi aquela festa, parecendo que a gente não se via há
anos... hehehe... Esperamos o pessoal tomar banho e fomos jantar. Achamos só um
lugar aberto, pois era feriado dia 01/janeiro! Demorou muito, esqueceram do
nosso pedido, mas finalmente saiu e comemos... Fomos dormir, em uma mistura de
ansiedade e cansaço, estamos desacostumados de andar de moto, e ainda vai
alguns dias para acostumar... Ainda estou inchado das festas de fim de ano, e
quero aproveitar esta primeira semana da viagem para tentar voltar o peso, nem
que seja uns 4 kg, pois senão a coisa vai apertar, literalmente, quando vier o
frio e tiver que colocar a segunda pele de inverno... rsrsrs...
Dia 2: Corumbá a San José de Chiquitos – 390 km
O Guy madruga, acordou antes das 5 da manhã, e as 5:30 eu já
sai da cama... Descemos antes das 6:00, que era a hora do café da manhã. O
hotel Nacional, um pouco caro (R$315,00/apto duplo), mas é o melhor de Corumbá,
e tanto os quartos quanto o café da manhã são excelentes. Logo a turma toda
desceu também, e o combinado era sairmos antes das 7:30, irmos direto para o
Detran de Corumbá, tirarmos o licenciamento obrigatório 2018, pois vamos
precisar para o retorno das motos, além de alguns países da América Central.
Deu certo, assim que o Detran abriu estávamos lá dentro, e graças ao apoio do
amigo Davi Carlos, amigo do meu xará Marcio Monteiro (ajuda providencial...),
em menos de 1 hora estávamos com todos os documentos 2018 na mão. Claro que
tivemos que pagar adiantado o IPVA e o licenciamento... Depois rumamos para um
cartório, para tirar uma cópia autenticada dos documentos das motos, e
mandarmos junto com toda a documentação necessária para a importação das motos,
no nosso retorno, para um despachante já contratado em Santos/SP. Até esta
hora, a coisa funcionou bem, ou seja dentro da nossa programação. Fomos direto
dali para a aduana, chegamos lá às 9:10 hs mais ou menos. Tinha uma fila enorme
na imigração brasileira, e tivemos que encarar. Aproveitamos e fomos ao lado,
na Receita Federal, pra ver em relação a importação temporária das motos, no
nosso retorno. Ninguém sabia de nada, e disseram que não era ali que se fazia,
e sim em outro local, um porto seco que tem antes um pouco de chegar na divisa.
Fomos lá, eu, o Guy e o Admilson. Chegando lá, já disseram que não era ali, e
sim na sede da Receita Federal em Corumbá, mas avisaram que hoje o “sistema”
(Software), deles estava sendo atualizado, e não teria como fazer, só amanhã...
Foi um balde de água fria, e dali voltamos para a fila, debaixo de chuva, pra
ajudar ainda mais... Depois de pelo menos 2 horas na fila, quase meio dia,
conseguimos fazer todos os procedimentos de saída do Brasil, e começarmos a entrada
na Bolivia. Antes disto, conseguimos a muito custo, sermos atendidos na Receita
Federal, ali mesmo na divisa, e eles disseram que iriam nos atender, pediram
cópia dos nossos documentos, e das motos, e enviaram para um auditor da RF que
estava de férias em Pernambuco fazer... Pode isso, Arnaldo?? Acabamos cerca de
13:00 hs todos os procedimentos na Bolívia (Deu exemplo, bem mais organizada e
rápida, melhorou muito!), e fomos almoçar ali perto mesmo, na La Bodeguita.
Fizemos câmbio, e voltamos lá na RF na hora que eles pediram (13:30/14:00 hs),
só que nada... Não tinha ninguém lá... Acabamos saindo de lá passado das 15:00
hs, tudo muito enrolado, não tinha gente, e as pessoas que lá estavam, muito
mal preparadas. Enfim, este país está um caos mesmo, um verdadeiro absurdo o
que fazer com o consumidor, o cliente, dos serviços a que pagamos e teríamos
direito de pelo menos sermos bem atendidos, dentro da normalidade.
Ainda passamos no posto policial da Bolívia, pra pegar
aquele “salvo conduto” em Puerto Suarez, e seguimos em frente. Fomos parados
por policiais, há uns 90 km antes de Roboré, nos pediram todos os documentos, e
mandaram seguir. Paramos em Roboré, abastecemos, tomamos um café e seguimos. Lá
encontramos um pessoal da Bahia, que estão indo para o Perú, umas 4 motos.
Gente boa! Acho que se chama Grupo Adventista de Moto. O líder é o Capelão,
todos de colete de couro e tudo!
Como ainda era sol alto, resolvermos tocar os 130 km que
faltavam pra chegar em San José de Chiquitos, e aqui estamos! Vim direto no
mesmo hotel que ficamos antes, La Casa de Mama, um hotel boutique muito legal,
bem tranquilo, quase uma casa.
Fomos “jantar” aqui em frente ao hotel mesmo, à pé, em uma
lanchonete, e comemos o famoso Pollo com papa frita, que de agora em diante
vamos ficar bem habituados... Estamos cansados, mas não de andar de moto, mas
de tanto ficar esperando e andando pra lá e pra cá nas aduanas, guichês e departamentos
da divisa Brasil/Bolivia de Corumbá... Pra nunca mais...
Amanhã a nossa idéia é seguir até Cochabamba, em um trecho
bem apertado pra fazer, o normal é sair de Santa Cruz, que está a 260 km
daqui... Mas vamos encarar!
Aduana boliviana sempre complicado. Mas vale muito a pena.
ResponderExcluirEssa foto com farol de milha ligado da vontade de largar trabalho e viajar he he he