

Acordamos às 7 hs, e fomos tomar o ótimo café da manhã do hotel Barcelona, em Ponta Porã. Como é diferente dos "desayunos" da Argentina e Chile! Lá, com raras exceções, não tem frutas, nem queijo, nem presunto. É apenas um café solúvel fraco (Nescafé), e um pequeno croissant doce, que eles chamam de "meia lua". Às vezes tem leite, se vc pedir.O Hilton já estava lá comendo. E nada do Gaudencio. Tomei o café, o Hilton saiu antes, e no final apareceu o Gaudencio, já quase 8 horas da manhã. Como eu tinha combinado com o pessoal de almoçar na Agua Rica às 12 hs, tínhamos que sair pelo menos até às 9 da manhã, pois são quase 300 km até lá. Subimos pra arrumar as coisas, descemos, e o Gaudencio deu uma enrolada. Por fim, ele desceu, e fomos abastecer pra sair, num posto ali mesmo perto do hotel, no Brasil. Enchemos os tanques com a velha conhecida gasolina "comum" custando R$ 2,70/litro e seguimos para a saida da cidade. Fui puxando a tocada um pouquinho mais forte, pois já eram 9:20 quando saímos da cidade, e estávamos um pouco atrasados. O Hilton e o Gaudencio não iriam almoçar na Agua Rica, pois as familias deles estariam esperando em casa, e cada um tinha um compromisso diferente. O calor estava muito forte, e quando chegamos em Dourados (110 km), o termômetro da moto já marcava 38 graus! Estava muito quente! Seguimos até Rio Brilhante, aonde abastecemos novamente, no posto após a Policia Rodoviária, já tendo rodado 160 km. Paramos um pouco, tomamos uma água, e seguimos viagem. Logo na saída do posto, tocou o meu telefone celular no bluetooth do capacete, e era o Capitinga perguntando aonde estávamos. Deu tempo apenas de dizer que estávamos chegando em Nova Alvorada do Sul, e acabou a bateria do meu celular! Dali já avistei uma nuvem negra próximo a Nova Alvorada, indicando uma chuva de verão. Assim que lá chegamos (45 km) já parei pra fechar a jaqueta, pois a chuva já começava a pingar. Uma chuva destas com o calor que estava, era uma benção de Deus! Como é bom! A temperatura cai para 22 graus rapidamente, e é como ligar o ar condicionado! A chuva veio muito forte, com vento lateral quase me levando para a outra pista. Reduzi a velocidade para 80 km/h, e firmei o guidão da moto. O que tenho medo é uma aquaplanagem. Quase não dava pra ver a pista, em alguns momentos, e cheguei a pensar em parar a moto. Mas depois melhorou, e acionei o alerta da moto. Não andamos uns 5 km a chuva já parou, e ficou só uma garoa bem leve. Mas melhorou demais a temperatura. Logo a roupa já estava seca. Chegamos na Agua Rica, a 50 km de Campo Grande, um restaurante antigo e tradicional do meu amigo Joaquim (Quinzinho) e sua família, que serve uma ótima comida caseira, exatamente ao meio dia de domingo, dia 01/03/2009. Lá estavam nos esperando a minha família (Esposa e filhos), e vários amigos da Confraria, totalizando quase 20 pessoas ao todo. Vários casais, inclusive. Jardim e esposa, Ravedutti e esposa, Xororó e esposa, Capitinga e esposa, Gilson e esposa, Jorginho, Julio Cabelo, Casagrande, Gabriel, Osmar, etc... Me desculpem se me esqueci de mais alguém! Chegamos, e fomos saudados por todos, com muitos abraços, risos, e fotos. Cheguei a ficar emocionado, e realmente é muito bom rever todos os amigos, e principalmente a familia, assim logo na chegada! Sabíamos do clima de tristeza que havia entre todos, devido à tragédia ocorrida, e realmente não esperávamos nada de festas. Mas o pessoal nos surpreendeu, e nos recebeu com grande alegria e satisfação. Almoçamos todos juntos, descansamos um pouco, e lá pelas 14 hs seguimos para Campo Grande, pois a chuva já estava ameaçando novamente! Antes de sair, deixei as malas laterais da moto no carro da Luiza, e segui junto com os companheiros da Confraria, de moto. A moto sem as malas laterais é bem mais leve e fácil de tocar, e o pessoal das Kawasaki Concurs estavam "animados" e tocando bem forte. Logo a chuva nos alcançou, e fomos assim até Campo Grande. Lá perto, ela veio forte pra valer, e molhou todo mundo. Como eu estava com a roupa da viagem, e preparado pra chuva, nem me importei. Até gostei! Cheguei em casa, sempre tomando cuidado, pois às vezes é na chegada em casa que acontecem os acidentes, às 15 hs mais ou menos. Guardei a moto, e fui tirando as coisas dela, devagar. A roupa de cordura, que estava ensopada de suor, e ainda molhou na chuva, chegou em um estado lamentável, e dá vontade de jogar tudo fora! Mas nada que uma boa lavanderia não conserte! As minhas velhas botas da Zebra, também aguentaram firmes, e ainda dá pra usar muito! No mais, chegamos todos em casa sãos e salvos, e tudo correu bem, graças a DEUS, que nos iluminou por toda a nossa viagem, não deixando que nada de mal nos acontecesse. Ainda vou fazer um resumo geral da viagem, e espero que o meu blog possa um dia servir de guia para algum colega que queira fazer a mesma viagem! Um grande abraço a todos!
Fotos:
-Minha família e os amigos da Confraria, que foram nos receber no restaurante Água Rica, em Anhanduí.